25 de janeiro de 2009

Comemorações e Cogitações


Estava pensando hoje como é triste que todos aqueles amigos que você tinha na escola, com os quais você jurava que manteriam aquela amizade eternamente, desaparecem depois de acabar o colégio. Inconscientemente seguimos rumos diferentes. Conhecemos novas pessoas na faculdade. E acaba que firmamos novos laços. E então achamos que esses sim durarão, mas acho que nem esses manterei, só se for a distância, porque a cidade em que faço faculdade é uma cidade universitária, tem gente de todos os lugares e estados, quem se forma volta para o seu lugar. Já fico saudosa desde já. :[
Mas o ponto a que quero chegar é que apesar de perdermos boa parte de nossos amigos de colégio ainda há aqueles que mesmo longe e levando vidas diferentes permanecem ligados a nós. Ontem, por exemplo, fui madrinha de casamento de um casal de amigo dessa época. Casaram-se na igreja. Pelo menos ela, tenho certeza que ele só casou mesmo na recepção. É incrível como as noivas são egoístas no dia do casamento. È tudo focado nelas. Talvez porque só elas queiram mesmo aquilo. Acho que para os homens o bom mesmo é continuar o namoro até.. Pelo menos eu, que penso a maioria das vezes como um indivíduo do sexo oposto, acredito nisso.
Assistir a essa loucura, opa, essa bela união me mostrou como me falta romantismo, ou então não me falta, o que tenho, e que faltava aos noivos, é juízo. Casar com 20 anos nos dias de hoje não é romantismo, é loucura mesmo. O padre lá cantando, quer dizer falando, e aconselhando os coitados a terem filhos, uma outra madrinha do meu lado repetindo ininterruptamente 'que lindo' com lágrimas nos olhos, e eu só pensava 'a qualquer hora eles acordam para ver a burrada que estão fazendo', mas isso não aconteceu.


O melhor da festa mesmo foi a reunião do pessoal do colégio. Saber o que todos andam fazendo. Saber quem pegou quem e não tiveram coragem de contar não época. Uma vez ou outra, um remember é bem legal. Só é chato quando vemos que tem sempre uns que se apegaram tanto aquela felicidade que vivem numa eterna nostalgia, sem evoluir.
De todos os momentos de uma festa de casamento a mais tosca é quando a noiva joga o buquê. Aquele grupo de mulheres solteiras se engalfinhando atrás de uma suposta oportunidade de acabar com o também suposto sofrimento da solteirice, coitadas. E essa festa também não decepcionou nesse ponto. Lá estavam aquelas coitadas, e entre elas a tal madrinha chorosa da cerimônia (lembram?), pois foi só o buquê voar pelos ares que essa madrinha e outra convidada pularam atrás dele, o resultado foi a convidada ser a 'vencedora' e acabar pisando, de salto fino, no pé da pobre madrinha. Então foi choro, sangue. Lindo, como toda boa festa de casamento deve ser.

(modo ácido desligando...)

Felicidade aos noivos!

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Ah, o prêmio da promoção do Manual do Cafajeste já chegou.
O vale-presente foi muito bem utilizado e virou 5 livros, claro, e um pen drive.

5 Neurônios comentaram.:

Victor Borba disse...

Como diria Schopenhauer:
"O casamento é uma instituição falida."

Até.

Anônimo disse...

Gostei do blog




Abraços d´ASSIMETRIA

DO PERFEITO

Monday disse...

eu costumo dizer que casamento é doença, porque a gente contrai matrimônio ...

de resto, ri bastante com o que você contou, vou mais ou menos na mesma toada ... muito cedo pra casar ...

mas o melhor mesmo é o povo dos sonhos, que acha tudo lindo ... ah, se eles soubessem como tem muito mais coisa além disso ...

em todo caso, cada um se diverte do jeito que gosta, né?

não que casar seja ruim, mas um pouco de realidade ajuda nessas horas ... afinal, casamento não é apenas um namoro levado a sério com papel assinado, como alguns ainda imaginam ...

Sunflower disse...

Tenho umas considerações a fazer.

Tenho 28 anos, colégio, faculdade, morar fora, pensar em casar ou não, por tudo isso já passei.

Bom, acho que eu tinha 18 anos quando resolvi que não ia esperar até os 81 pra poder usar vestido roxo com chapéu verde-limão e meias listradas com chinela pra opinião dos outros. Desde então, a vida é ora uma delícia, ora uma apatia.

Não se preocupe com relação aos amigos. AMIGOS AMIGOS não se perdem. Seja faculdade, colégio, curso de origami. Você deixa de vê-los por 5 meses e parece que se viram ontem.

Com relação a casar. Se eu for seguir a tradição familiar, não vou casar em igreja, vou fugir. A velhinha que falou ali em cima, a que ligou o que-se-foda, não tem paciência de escolher guardanpos, ser gentil com convidados, tirar fotos. Acho que a grande maioria das mulheres que querem casar na igreja, querem realiza o sonho de ser princesa por um dia, quem se acha rainha todos os dias, não dá a mínima, só trás pro castelo o que já era dela na rua.

beijas

Garota Enxaqueca disse...

Concordo com vc, em parte: CASAR - aos 20/30/40 - é uma loucura. Quer ficar com a pessoa? Ótimo, vão lá, montam um apartamento e já é! Querem algo mais "real"... Então, faz um contrato e pronto. Essa coisa de ficar dando festa, igreja, vestido branco é pra inglês ver - e, normalmente, imposição da família... Concordo com a Sunflower... Tem muita mulher com síndrome de princesa e por isso fazer esse rebuliço todo...

Mas é tudo suposições... vai que aos 50 eu perco a sanidade e resolvo casar de véu e grinalda, como já vi algumas velhas-sem-noção fazerem, né mesmo?

Besos, guapa...